segunda-feira, maio 30, 2005

Entretanto deti-me na reminiscência daquele momento inopurtuno.
Limpava-me, lavava-me, limava-me e ela ali.
Finalmente na vida me tinha cansado dos nauseabuntos caleidoscópios do amor. Formas estranhas e a variadas, de mil e duas cores metaredondantes. Devia ser do nervoso, dizia eu.

Cheirava-me a apetite no ar. As sinapses já me saltitavam de alegria que chamava um tão desejava desejo a botão de flor. Devia ser da idade, dizia.

Toda a orgânica dela se orientava gracesosamente para mim. Sobeja como branca de neve e delicada em toda sua beleza que só ela sabia dar.
Eu refinava o juízo. Não pudia saltar logo!

Avançava um pouco e verificara que nos meus devaneios ainda permaneciam no mesmo minuto de sempre. Ainda não lhe tinha tocado. Ela ainda não se tinha seduzido.
Era um silêncio terrível de palavras.
Porquê o meu desejo teimara em não se emiscir com o dela?
Sedenta de frustação. Ela e eu. Ambos sedentos de nudez.

Era ali, dizia eu dizia ela.
Era ali.

1 Comments:

At 8:04 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Explica-m...explicas?

 

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