terça-feira, maio 17, 2005

Citadela árabe
Chuva cai como flocos perdidos sem saber o rumo da coragem pois não te conseguia pedir nada.
Ousara o ritual ser o que as *moedas de doze cêntimos* pudessem ditar. O cabelo dela dançava ao som de uma melodia de um tempo perpétuo e imóvel de Einsturzende Neubaten. Imóvel e movendo-se languidamente na esplanada onde o sol, desconfiado, não quisera ter brilhado.
Rebenta-me os tímpanos, querida, rebenta-me os tímpanos. Afaga-me com esse teu sabor pesado que só tu trazes quente e embriegadamente sonoro.
A vapor, rápido e a vapor, veloz, vem-se, no momento, vem-se, e enegrecido pela tua alma gótica, pintada, e distiladamente dourada derreto o esperma cálido em teu sagrado furor.

Quatro da tarde. Céu nublado, escuro. O empregado embriegara-se de ilusão ao ter esfregado os olhos deste seu profundo sonho. Vanessa e Billy continuavam a falar. A branca de neve fora uma visão fugaz que lhe irrompera da mente.

(Destruo todos os meus sonhos. Cores enroladas afundam-se)
Uso? Uso? Ou deixo estar assim?